PRESENTE
Então, é quase natal. Não só por isso, mas também por isso, agradeço. E agradeço por tudo aquilo que já passou. Pelo que voltou sem ao menos ter ido. Por tudo que se foi sem volta. Pelas reviravoltas. E pelo que está. O que virá, é novo e, é claro, desconheço. Não sou vidente. Mesmo assim, agradeço antecipadamente porque acredito que tudo o que nos acontece tem lá os seus motivos. No mínimo, no mínimo, é sinal de que ainda estamos vivos, certo? Então, de peito aberto, agradeço pelas presenças e ausências. Das palavras, dos silêncios, dos ouvidos, dos gestos, das poesias e dos ventos. Agradeço pelos adiamentos, transferências e pelas antecipações. Pelas esperas produtivas. Pelas dúvidas certas. Pelas críticas construtivas. Pelos laços, os nós, o nós, as pétalas e os espinhos. Pelos caminhos em sorte ou revés. Agradeço aos pés que me fizeram chegar até aqui e me farão, espero, seguir num caminhar além. Agradeço ao peso da espada e a leveza da cruz. Agradeço especialmente pela consci