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Mostrando postagens de agosto, 2016

em sucessão

pudesse, dar-te-ia esse silêncio sacrossanto que tanto e tanto e tanto, insistente, solicitas num quase desespero que me faz plantar certezas nas dúvidas discretas com colheita garantida capaz de encher um silo com os grãos das mudas falas que andam pelas salas qual correntes sem cinzel mas, hão de concordar com este sim, ser injustíssimo que venhas, persistente, me pedir o que não tenho embora o desempenho faça-me mover os céus regresso com excesso de insucesso em sucessão pudesse, dar-te-ia ainda mais do que me pedes dar-te-ia esse silêncio e outros tantos, todos, tudo... mas, falta-me a vontade para abandonar a sede e a sede que me grita, é infinita e eu não mudo deixando o que me impede revelar-se pelos véus - Lena Ferreira -

o mundo ainda é o mesmo

folhas murmuram querentes de água não pela sede; mais pelo  vício das mágoas passadas debaixo da ponte não há resquícios nas margens no meio e no fundo o mundo ainda é o mesmo, mas é outro o olhar que se debruça sobre um rio perene sob um céu de um azul instável cônscio de que as nuvens peregrinas estendem seus rosários no horizonte saúda uma brisa bem tranquila que lhe responde em gestos de sereno cordata, agua as folhas, louva o tempo e benze o vento novo com um sorriso calmo e profuso - Lena Ferreira -