LUA NOVA

Semicerrados, olhares se observam
arteiros, em promessas absurdas
invadem os meios inteiros e se instalam
nos tantos cantos escusos, recatados


Semioculta, a lua, cheia em fases
bisbilhota esse comportamento infante:
quatro olhinhos brincando de verdades
duas bocas salivando diálogos silentes


Nascem promessas avessas e caras
florescem gramas nas areias da praia
e uma brisa mole e morna destila o ar
ouvindo o suspiro da noite em quases

Pausando no vão dessas frases não ditas
brindam com olhares na taça da calma
e seguindo o universo na alteração da rota
mudam a fase cheia para uma lua nova

LUA NOVA – Lena Ferreira -

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