TOMARA
O
sol tem acordado bem mais quente
num
céu de um azul anil que grita
deixando
uma multidão aflita;
suando
corpos, derretendo mentes
E
num verão de calor inclemente
qualquer
palavra queima se mal dita
modificando
a expressão contrita
para
trovões e raios recorrentes
Mesmo
sem nuvens, nessa hora chove
parece,
o céu, até que se comove
e,
pelos olhos, desce sem censura
Tomara
que, por fora, logo chova
molhe
a palavra e, enfim, promova
delicadezas,
gestos de ternura...
TOMARA
- Lena Ferreira - fev.14
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