no vão do verso que escorre pelos
meios
vão os anseios e tremores segregados
vão ocultos entre a pele, a renda
e os seios
implorando virem ao mundo
saciados
carregando incertezas, sem
receios
vão em fuga entre os dedos acelerados
e, esbarrando na tintura dos
enleios,
pingam letras de um pressuposto
pecado
transpirando, o verso e o
inverso, já sem freios,
incendeiam as entrelinhas - fascinado,
transitando pelas linhas, enquanto
os leio,
questiono porque são tão
censurados
:no verso, vão da alma, estio e
esteio
serei mais um entre esses crucificados?!
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